sábado, 28 de março de 2015

Vende-se minha casa.... Só que não...


O poeta Olavo Bilac foi abordado por um comerciante na rua: 
– Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio. Será que poderia redigir o anúncio para o jornal? 

Olavo Bilac escreveu:
“Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao
Imagem: Everton Sanches
amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um Ribeirão.



A casa é banhada pelo SOL nascente, ️ Oferece a sombra Tranqüila das tardes, na varanda”.

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe: VENDEU o sítio, amigo?
– Nem penso mais nisso!
- quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha! 
Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco  e vamos longe atrás de miragens e falsos tesouros.

Valorize o que você tem; 
a pessoa que está ao seu lado,


os amigos que estão perto de você,



o trabalho que você conquistou,  o conhecimento que você adquiriu,










a sua saúde, o sorriso,

enfim, tudo aquilo que nosso Deus nos dá diariamente para o nosso crescimento.
 


Dê valor ao que você tem e....



Recebi esse texto de uma querida amiga e, resolvi dividir com vocês... Porque, tem tudo à ver com a casa que você mora hoje... e, que, se ainda não é, pode se tornar uma Delícia de Morar! Isso não depende de bens, depende de você apenas, e a visão que você tem da vida.

Seja grata (o) todos os dias!!





sábado, 14 de março de 2015

O amor eternizado, através de uma penteadeira....




uma velha penteadeira....


Que... se transformou em um lavabo!









A Roselaine, uma amiga, me cedeu sua história e suas fotos para eu compartilhar aqui no Blog....

Depoimento:

"Quando minha avó faleceu em 2010. fiquei muito triste, e então resolvi, na época, reformar a penteadeira que era dela e isto me renovou. Sou de 'meter' a cara mas não é nada 'profissa'"


Eu achei que ficou ótimo!!


Veja abaixo, todo o processo:



Antes da reforma



Durante a reforma (pintura)

Colocação da base e frontão em mármore Carrara Bege

Depois de pronto, foi assim que o lavabo ficou, vejam a riqueza de detalhes, na cuba, na torneira em latão... Tudo muito lindo!!


Essa história, me fez pensar nas alternativas que temos na vida, em um momento triste, de angústia, saudades... Podemos ficar deprimidos, nos remoendo... 
Ou então... podemos dar uma volta na tristeza..., que tal seguir este exemplo:

Pegue algo que foi da pessoa amada e transforme..., eternize... Isso é uma forma de homenagem e boa lembrança!


Sabe aquela máquina de costura antiga da avó? Que tal transforma-la? Minha avó tinha uma dessas, mas... quando me dei conta, já tinha sido doada para outra pessoa!! Snif....

Veja algumas idéias:





Não tem nenhum móvel, nada para lembrar? Aposto que alguma foto você tenha... Que tal montar um álbum bem bonito, ou um porta retrato?


Tenham boas lembranças!!

Abraços!!









sexta-feira, 13 de março de 2015

O que ninguém nunca te contou sobre compras on line

Sempre gostei de compras pela internet, sei que tem gente que morre de medo! Por isso, resolvi dar algumas dicas

Abaixo, destaco alguns pontos para comprar on line e ser bem sucedido:

☛ Benefícios

  1. Praticidade - você pode fazer uma pesquisa de valores, sem gastar gasolina, sola de sapato, e tempo.
  2. Preço baixo - Geralmente os valores oferecidos on line, são mais baixo do que nas lojas físicas, mas, atenção, melhor pesquisar antes de comprar nas lojas físicas, pois já consegui valor mais baixo que na internet.  
       
         Geralmente utilizo o Buscapé para pesquisa de preços                                                     

 ☛ Desvantagens
  1. Comprar gato por lebre - É interessante que, antes de comprar o produto, você o conheça pessoalmente (rs...)                                                                                            Eu mesma, já comprei uma máquina de lava-louça sem ver e odiei, ela era enorme por fora, e por dentro, pequena, com apenas um andar....
  2. Ser enganado - Muita atenção: desconfie se o valor estiver muito baixo, você consegue preços bons, mas... não preços que não existem!
  3. Sempre que você faz uma pesquisa de produto, ele fica aparecendo para você em sites que você abre, mídias sociais... Existe uma maneira de fazer a pesquisa oculta para não receber esses anúncios toda hora.

☛ Pontos à observar:


 Não esqueça de chegar as medidas, (se cabe no espaço escolhido).

✏  Se for eletrodoméstico verifique a voltagem, muitas vezes o valor está menor, mas só está disponível na versão 220v.

✏  Verifique no Google, Reclame Aqui, faça uma pesquisa sobre a loja e/ou vendedor e sua reputação.

✏  Verifique se o produto tem em estoque. Algumas lojas fazem a venda sem ter o produto e aí... vai saber quando irá receber..

☛ Direitos

Você tem até 07 (sete) dias para se arrepender do produto que comprou, se não está de acordo, se não gostou, sem precisar dar explicações.

Caso, aconteça de comprar o produto e não estar disponível para entrega, eles são obrigados à devolver o dinheiro.


Aliados

Se possível, faça o pagamento pelo PagSeguro, MoIP ou PayPal... Eles nos asseguram a devolução, caso aconteçam algum problema. Mais informações aqui.
Acontecendo algum problema com a compra, uma reclamação no Reclame Aqui, é bem eficaz, eles costumam nos auxiliar na solução do problema.



Acredito que, prestando atenção nesses detalhes, você terá uma compra bem sucedida!

Boas compras!! 


sábado, 7 de março de 2015

Feliz dia Internacional das Mulheres!!

Abaixo, um texto interessante sobre a Mulher moderna... Expressa o  sentimento de muitas mulheres..

Creio que vale ler, e me digam, como se sentem diante de toda essa modernidade...

"São 6 horas. O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede.
Imagem: Via Joyce Diehl


Estou tão cansada. Não queria ter que trabalhar hoje. Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando.


Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas. Aquário? Ficaria olhando os peixinhos nadarem. 



Se eu tivesse tempo. Gostaria de fazer alongamento....
Brigadeiro. Tudo, menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro para funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida idéia de reivindicar direitos de mulher. Queria saber por que ela fez isso conosco, que nascemos depois dela. Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós. Elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, freqüentando saraus.


ENFIM, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária. Aí vem uma 'fulaninha' qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconseqüentes com idéias mirabolantes sobre: vamos conquistar o nosso espaço?! Que espaço minha filha?



Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés. Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, para tudo! Que raio de direitos requerer?


Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz. Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda.


Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei ? e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei. POR QUE? Me digam POR QUE um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles, e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo!

Imagem: Via Joyce Diehl

Não agüento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar. Tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus.



E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma,
sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, Doutorados, e especializações (afffffffffffffffffff!!!!!!!).

Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles. Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço? CHEGAAAAAAA!!! Eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela.



Ai, meu Deus, já são 7h30, tenho que levantar! 




E tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga: meu bem, me traz um cafezinho, por favor??. Descobri que nasci para servir.
Vocês pensam que eu tô ironizando? Tô falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna?. Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita? "
Esse texto pode ser encontrado na internet, sem referência à autoria


Enfim, quero ser livre de toda essa tirânia da modernidade! 

Fazer as coisas com prazer.. trabalhar fora? Pode ser!! 
Mas sem a loucura, de não ter tempo para as coisas mais importantes da vida: Pessoas!!! Meu marido, meus filhos.. meus amigos...

Bem... Essa era uma angústia que tinha há alguns anos atrás... hoje, estou conquistando meu lugar e posso dizer:


Deixe seu comentário, compartilhe como você pensa e sente, ou estou sozinha nesta??
Beijos e um Feliz dia Internacional das Mulheres!!

sexta-feira, 6 de março de 2015

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.




A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista,
logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.






E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.




A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.



A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.


A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.



Marina Colasanti (1972)